segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Desafios da formação e valorização profissional

No segundo dia da 7ª Conferência Nacional de Educação, professora reafirma necessidade de apresentar propostas para melhorar ensino brasileiro

A carreira de professor tem sido cada vez mais procurada por jovens das classes mais populares e atualmente as estatísticas revelam que metade dos que optam pela profissão tem pais sem escolaridade ou com formação muito básica. O alerta foi dado pela professora Leda Scheibe (UFSC) agora há pouco durante painel sobre ‘Valorização profissional e sistema nacional articulado de educação’, durante a 7ª Conferência Nacional de Educação, em Brasília.

De acordo com ela, “hoje, procura pelos cursos de licenciatura principalmente o jovem que não tem condições de entrar nas carreiras ditas ‘nobres”. O alerta feito por Leda Scheibe veio seguido de um desafio: “isso pode mudar”, disse.


A professora destacou que a valorização por meio do Piso Nacional Salarial, de uma Política Nacional de formação inicial e continuada, da revisão dos estatutos e dos planos de carreira, já constava no Pacto Nacional pela Valorização do Magistério e Qualidade da Educação de 1994.
“No entanto, a referência neoliberal dos anos 90 desprezou toda noção sistêmica de educação no país”, lamentou.


Para Leda Scheibe, os desafios estão postos e devem ser enfrentados e discutidos. É preciso, segundo ela, caracterizar o Plano Nacional por sua capacidade de articulação e não centralizadora. “Existe uma indissociabilidade dos elementos de carreira, salário, formação e condições de trabalho”, afirmou.
Segundo ela, é preciso “apresentar propostas que possam melhorar a qualidade do ensino brasileiro”. Leda Scheibe explicou que é necessário retomar com mais força a responsabilidade da União com a questão do Ensino Básico no país. “Um ganho alcançado com esse governo (Lula) e que não podemos abrir mão”, disse.

CNTE, 10/10/2009

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