quinta-feira, 19 de abril de 2012

Os lugares sociais de cada um

Vivemos em uma sociedade desequilibrada e atordoada. Isso mesmo: não sabemos se estamos indo, voltando. descendo ou subindo. Quem nos socorrerá? Parece que não vai ser a escola.

Eu venho afirmando que as gerações de nossos ancestrais não possuíam a educação formal que possuímos hoje, mas possuíam uma educação moral que conseguia organizar a vivência social com uma eficiência bem mais eficaz do que a presenciamos hodiernamente.

As  gerações passadas eram educadas a respeitarem os lugares sociais de cada um. O  filho sabia que deveria respeito aos pais e aos mais velhos. Isso funcionavam com um tecido que sustentava as entranhas da sociedade, de modo que ela conseguia prosperar sem maiores distúrbios. O mundo vivia uma relativa harmonia.

Antigamente, quando um moleque estava querendo aprontar alguma "traquinagem", o pai dava um bom grito e a lei voltava a funcionar. Hoje, as coisas estão de ponta cabeça. Os pais andam pelo meio da rua cochichando nos ouvidos dos filhos, pedindo que eles falem baixo, enquanto estes gritam em alto e bom som que vão continuar gritando. Os paiLHAÇOS apanham dos filhos e fazem tudo que lhes agrada, para tentar evitar a próxima "peia".

Essa coisa inominável chega na escola e cai no colo do professor. Este se torna um verdadeiro pateta, sem saber o que fazer e começa a falar que vai chamar os pais do moleque atrevido. Este, por sua vez, com dó do professor, procura poupar-lhe de algumas passadas inúteis, e oferece-lhe o número do celular do pai. Neste momento, o astral do professor cai para o fundo do Mar Vermelho.

O resultado de toda essa palhaçada está às claras. De onde virá tanta violência, tanto consumo de drogas e insubordinação? Estamos vivendo um caos social e muitos incautos ainda não perceberam.

Quando será que as autoridades irão perceber isso? Aliás, estão percebendo que tudo isso é pouco. Criaram, recentemente, a "lei da palmada". Não tem problemas: em breve estarão criando a "lei da palmada invertida" (quando os pais estiverem cansados de apanhar dos moleques).

Uma sociedade só poderá dizer que não vive a barbárie quando existir a definição dos lugares sociais. Cada um deve ocupar seu próprio lugar. Pai é pai. filho é filho, professor é professor, diretor de escola é diretor de escola, delegado é delegado, prefeito é prefeito, governador é governador, Presidente da República é Presidente da República. Não adianta querer continuar com essa bomba atômica fervilhante. Essa coisa vai explodir e não haverá mais como juntar os pedaços. Quem não morrer logo, verá!

Se você quer discutir comigo sobre isso, tenha caráter e assine seu comentário. Por favor, não venha com a covardia do animato!

Um comentário:

Jander Freire disse...

Que país é esse que os pais não podem dar uma palmada nos seus filhos, mas podem assassinar uma criança no ventre?