sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Professores avaliam novo Enem, apresentado hoje pelo MEC

Reformulado, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ganhou reforço no conteúdo e é aposta dos educadores para sepultar a decoreba em prol do aprendizado que possa ser aplicado na vida prática.

Na quinta-feira (30/07), o Ministério da Educação divulgou um simulado com 40 questões, dez para cada área do conhecimento: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática.

O total passa longe do número de questões do exame real que será aplicado nesses moldes pela primeira vez em outubro, com 182 testes de múltipla escolha e uma redação, contudo, evidencia as mudanças.

O professor de cursinho Mário Sérgio Savioli considera que o exame é "desumano". "São 90 questões por dia. E no segundo dia, o aluno terá, praticamente, uma hora para escrever a redação e passar a limpo".

Ele exemplifica que na UFMS, na primeira fase, a prova continha 42 questões. Para ele, o ideal é que o novo Enem fosse aplicado em quatro dias.

Mas as opiniões são divergentes. "O Enem mudou em relação à proposta original. Mas a mudança não foi negativa, foi positiva. Traz um novo significado para o Ensino Médio", avalia o professor Leandro Tortosa Sequeira, diretor de marketing do colégio Avant Garde.

De acordo com ele, o Enem manteve a característica de aplicar o conhecimento tradicional à prática, entretanto, a reposta não está mais no enunciado da questão. "Agora, a pergunta é para contextualizar", salienta.

Segundo Leandro, outra vantagem do novo formato do Enem é o "fim da decoreba". Para ele, a nova avaliação também vai decretar o fim do comércio de cursos paralelos. "Não adianta fazer um cursinho só para física, química e ficar decorando fórmulas", enfatiza.

Estudante do 3º ano do Ensino Médio, Flávia Giacometti Cavalheiro, de 17 anos, se prepara para as provas do Enem, que serão aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro.

Os resultados das provas serão divulgados no dia 4 de dezembro. Confira o simulado do Enem no endereço http://www.enem.inep.gov.br.

Fonte: CNTE

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