quarta-feira, 27 de junho de 2012

Politizado, mas não politiqueiro

Sempre fui politizado. Meus anos de estudos no Ensino Médio foi um período muito forte em minhas reflexões políticas. Naquela época vi a juventude forçar o Congresso Nacional a aprovar o Impeachment do Presidente Fernando Collor de Melo. Foi um período de acompanhamento das discussões realizadas por Frei Beto, Padre Cesar Moreira (Rádio Aparecida), dentre outros intelectuais.

Tudo isso me fez um estudante muito politizado, com tendências de Esquerda. Lembro que, na universidade, uma professora apareceu nas salas de aula colocando seu nome para a disputa da eleição para vereador. Ela chegou dizendo que havia escolhido o PFL (atual DEM) por causa do "L" da palavra Liberal, sinônimo de liberdade. Confesso que não suportei tamanho sacrilégio e bati de frente com ela, mostrando que o tal partido surgiu das entranhas do ditadura militar e acabei deixando-a muito constrangida pela falta de preparo político.

Mas com todo esse envolvimento político, não suporto a politicagem, politicalha, etc. Essa foi a causa de meu distanciamento dos partidos. Para piorar a situação, não vejo nenhuma perspectiva de mudança, por meio da educação. Milito na área há quase doze anos e só vejo piora. Os nossos alunos estão cada vez mais analfabetos políticos. É lastimável! Por isso não vejo esperança para quem quer ser político, sem praticar tudo aquilo que os atuais políticos o fazem.

Um comentário:

Luiz Carlos disse...

PROFESSOR, Sua contribuição ao progresso se faz necessária.


Caro Professor, já passei por isso. Já andei por várias searas na política. Tive um comportamento de esquerda liberal quando precisava combater o militarismo. Mas o militarismo foi preciso naquela época, para botar freio na sociedade e evitar um mal pior, que é o de se ter uma nação sem liderança, transformando-se em regime de Anarquia. Tenho observado que ao longo da história, as máximas são sempre postas em prática, para que o povo seja testado e decida os rumos a que lhes convém. Após cada oportunidade, o próprio povo muda naturalmente de opinião. Elege e destitui, de acordo com seus interesses. As formas e fórmulas, como os líderes chegam ao poder e como se mantêm nele é que fazem a duração de seu tempo no referido trono. Vejo claramente, que uma geração sem um líder inteligente e compromissado com seus descendentes, leva sem exceção aquela geração ao caus.
Vejo, aqui em suas postagens, sua capacidade lógica de raciocínio e ao mesmo tempo sua frustração, pelo fato de ter o poder de compreender e antecipar o resultado do rumo tomado pelos filhos, pais, e líderes políticos, ou seja, da forma como a política é vivida aqui, a coisa não funcionará. Não é verdade Professor. Mas lhes digo, Se tu amas o teu povo, e enxergas longe e teu coração clama por melhoras, é chegada a hora professor do Senhor por em prática seus pensamentos, não importando o caminho a ser percorrido, que em seu caso será muito duro e espinhoso. Mas que quando o Senhor chegar na velhice, vai olhar para seu trabalho e dizer... Graças a Deus que pude fazer algo por meus irmãos. Lembre-se que para a comunidade CRISTÃ, (ASSEMBLÉIA DE DEUS), chegar aonde chegou, foi preciso que o primeiro Pastor e Missionário enchesse um saco de pedras e levasse à presença do seu superior dizendo, assim: Cada pedra atirada na Igreja de Cristo foi transformada e multiplicada em almas convertidas ao Senhor, nosso Deus. Portanto, caro Professor, aproveite o convite feito e participe, exponha suas idéias, pois suas opiniões são importantes para o seu povo.
Deixo aqui uma frase para reflexão: O que o senhor Professor, me diz (ou acha) de um crente que tem a coragem de ficar sozinho pregando a palavra do Senhor Jesus numa praça pública, onde muitos irmãos passam por ele e não tem a mesma coragem?
Em tempo, admiro muito sua capacidade de compreensão dos problemas sociais.