A educação faz parte do mundo concreto

Tenho observado as primeiras ações da nova Direção da Escola Municipal Professora Maria Gorete e reconheço a sua boa vontade. Espero que essa nova gestão consiga mover as chaves dos cofres municipais para que sejam realizadas as reformas que aquela escola necessita.

A atual gestão tem sensibilidade e coloca cartazes de boas-vindas para estudantes e profissionais da educação, em vários locais do estabelecimento de ensino, mas se andarmos olhando muito para essas felicitações, poderemos torcer os pés em algum dos buracos do piso da escola.

Urge que se parta das palavras de diretores e se chegue com os investimentos necessários, por parte de quem tem as chaves dos cofres públicos. Educação é algo real, nunca será um elemento fantástico ou espiritual. As coisas reais são adquiridas ou construídas com investimentos financeiros. Ninguém constrói uma escola a partir de um estalar de dedos ou de mensagens de positivismo.

O carnaval de Upanema não é realizado com base em cartazes instalados nas principais avenidas da cidade. Os seus organizadores são pessoas competentes, mas necessitam da bagatela de, pelo menos, meio milhão de Reais para fazer a cidade ferver por 4 dias. Imagine se eles tivessem 200 dias de festa!

Não estou criticando ninguém, como alguém costuma me acusar. Estou, apenas, refletindo sobre algo que fura nossos olhos. Mas isso não é um privilégio da atual gestão, como alguém costuma verbalizar por aí. Em três anos não se consegue colecionar tantos problemas. Na verdade, Upanema nunca construiu uma escola. Armaram uma barraca nos anos 80 e foram aumentando a sua cobertura ao longo dos anos. Essa foi a fórmula de se fazer educação, encontrada por nossos nobres gestores.