segunda-feira, 23 de maio de 2011

A qualidade da educação em debate

Nunca vi algo igual no Brasil. Com a publicação do vídeo da professora Amanda Gurgel, o país passou a discutir educação a exaustão. Todos programas de TV, sites, blogs, rede sociais etc. estão a falar do assunto.

Já disseram muitas verdades sobre o assunto. A Secretária Betânia Barbalho admitiu o caos do setor, sem sequer defender o Governo Rosado, mas falta falar de algo nesse discussão.

Quero colocar mais um ingrediente nessa panela de pressão: o sistema educacional brasileiro. Estou me referindo a algumas leis e normas implantadas, com o intuito claro de mascarar a repetência assustadora que existia em nosso país.

Já inventaram de tudo para "confeitar" os números da nossa educação. Antigamente o aluno que não aprendia, ficava retido. Hoje, o aluno não aprende, mas recebe a sua promoção, mesmo que não queira.

Isso tudo está posto, com muitas bases legais. No Brasil não importa a aprendizagem, importa o fluxo do aluno.

Eu sei que essa minha análise incita a revolta de muita gente que a serviço, ou mesmo enganada pelo sistema, tenta a todo custa defender o indefensável.

Eu não tenho prazer em reprovar aluno, mas eu também não tenho prazer em ver um analfabeto diplomado, embasado com embasamento em minhas notas.

A turma da aprovação a todo custo não entende ou não quer entender que a melhor escola do RN (o IFRN) reprovada na entrada, durante e no final. Quem consegue entrar lá, já sabe que não foi reprovado na entrada, mas poderá sê-lo em qualquer das disciplinas que não se esforçar para acompanhá-la.

Eu termino questionando a turma pró aprovação de analfabetos: por que será que logo essa escola de práticas "retrógradas" consegue ser a melhor?

Na verdade a escola não tem o papel de reprovar o aluno, mas fazê-lo aprender. Se isso não for possível por meio das aulas normais, é preciso se oferecer o reforço, mas se, ainda, não se conseguir faze o aluno querer aprender, só lhe resta a reprovação para que ele saiba que a escola, assim como as demais instituições, tem limites.

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