sexta-feira, 11 de março de 2011

O mundo mudou. Você está percebendo?

Lendo, recentemente, o Blog do Professor Josiel, me deparei com um comentário anônimo que me chamou a atenção. O(a) autor(a) do comentário se queixava de que todos os acontecimentos de Upanema vão parar nos blogs. Ora, talvez a ilustre pessoa não saiba que um blog funcione como um diário online. Diário é para se anotar os acontecimentos de cada dia.

Aquele comentário me abriu o entendimento para refletir um pouco sobre o atual momento do Brasil e do mundo. Não podemos imaginar que o mundo esteja do mesmo jeito da época quando não existia a internet. Com a popularização desse novo meio de comunicação sem "dono", milhões de cabeças pensantes passaram a ter como expressarem e publicarem suas reflexões.

Eu só tenho 36 anos, mas me lembro bem dos últimos anos da ditadura militar no Brasil. Eu era criança, mas já percebia o medo no semblante das pessoas. Ninguém falava nada do governo. Era a lei do silêncio (o "Cale-se" de Chico Buarque). Mas isso já passou e muitos não se deram conta, ainda.

Um fato emblemático nesse contexto é o que está acontecendo no Norte da África. São ditaduras petrificadas ao longo de décadas sendo confrontadas e derrubadas. A internet está funcionando como o meio de comunicação oficial dos levantes populares.

É preciso que as autoridades brasileiras se toquem e atentem para a necessidade de se começar a respeitar o povo. Nosso povo vai acordar e começar a "pular" as cercas dos "currais eleitorais". 

A educação já está despertando do sono provocado pela ditadura e já apresenta os primeiros sinais de reação. Eu ouvi um pai de aluno de uma comunidade rural de Mossoró ligar para uma rádio afiliada da RPC, para denunciar que o ônibus não teria ido pegar os alunos no primeiro dia de aula do atual ano letivo. Isso é algo espantoso. Um só dia e grito do povo já ecoou. O povo está começando a não aceitar os desmandos da administração pública.

Quando isso contaminar todos os cidadãos, não vai mais restar vagas para os atuais políticos comprometidos com a qualidade de vida de seus parentes e apadrinhados.

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