sábado, 7 de novembro de 2009

Educação feita para funcionar

Eu estava acompanhado a exposição do Reitor Josivan Barbosa, quando ele falava da estrutura da UFERSA e do regime de trabalho dos professores e fiquei a meditar nos demais níveis de ensino.

Na universidade existe um investimento alto na construção de toda uma estrutura física. Salas de aulas, biblioteca, laboratórios, refeitórios, salas de professor, etc. Ou seja, o sistema federal é feito para funcionar.

E nas escolas públicas municipais e estaduais? Existe esse mesmo empenho?

A realidade das escolas municipais e estaduais, na grande maioria dos casos, é de cortar coração. Não existe a mínima condição de funcionamento.

Se você quer um exemplo disso que estou falando, vá na Escola Maria Gorete. Ali, é um exemplo inquestionável do que é a falta de prioridade para a educação. Não existem salas de aulas suficientes. A escola funciona em dois prédios, para resolver esse problema.

Na sede da escola não tem sala de Direção, sala de supervisão, sala de professores, sala de vídeo, biblioteca, sala de reunião, banheiros para funcionários. Também não tem telefone. Os ventiladores das salas de aula estão queimando em série. O calor é insuportável.

Se você ainda conseguir continuar a leitura, eu vou dizer que está faltando papel ofício, álcool e outros materiais de uso contínuo.

Assim, não dá para funcionar. Educação não se faz só com boa intenção!

Os professores de Matemática e Língua Portuguesa estão sendo capacitados para realizarem atividades inovadoras com seus alunos. Quando chegam na escola, a realidade diz que eles se conformem com o quadro e o livro didático, pois não existe mais nada além disso.

Quando os resultados são um fracasso, como os atuais, aparece meio mundo de gente para dizer que a culpa é do professor. Dizem que ganhamos com a "cara" e não damos os resultados esperados.

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