quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Linha do tempo de um esmolador moderno

No Brasil, o cidadão é tratado à base de esmolas. Nesta reflexão convido você a acompanhar a trajetória de vida de um tipo brasileiro: o pobre.

O indivíduo para nascer, já entra precisando de que algum político fisiologista lhe ofereça alguma vantagem, muitas vezes, a simples carona para a maternidade.

Depois de nascido, a coisa só piora. Vem a história dos programas de complementação alimentícia, doações de remédios, etc.

Uma vez mais crescido, vai para a escola. Lá aparecem aqueles kits de material escolar. Mais na frente, vem a história da Bolsa Escola.

Um pouco mais adiante, já aparece uma gravidez. Depois do filho nascido (que terá o mesmo destino do pai, ou da mãe), vem a Bolsa Família. Esta segue sua vida até a idade de se aposentar (sem ter contribuído para isso) , mas ainda tem a doação de uma casa popular, etc.

Nesse caminho, ainda, entram aquelas histórias repetidas de dois em dois anos, quando chegam aquelas pessoas do coração cheio de amor, perguntando o que a pessoa está precisando. Vocês conhecem muito bem isso.

Finalmente, o indivíduo morre. Não vá pensando que acabou a história dos favores. Ainda tem o caixão de defunto. Os políticos não perdem a última oportunidade de "ajudar" a um pobre.

O pior de tudo isso, é a constatação de que os políticos brasileiros tiraram o direito de cidadania do pobre, para depois chegarem com as esmolas, tornando-nos eternamente dependentes deles e gratos por tão mesquinhas doações.

Um comentário:

Sarah disse...

Francisco eu sempre tive esse texto na minha cabeça mas nunca o escrevi.
Quando vejo a trajetória de vida de algumas pessoas, chego a conclusão de que algumas pessoas só dão despesa a sociedade. Estou falando dos bandidos que mesmo com todas as esmolas ainda ameaçam nossas vidas.