quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O aperfeiçoamento que não vale a pena

Tem de tudo em educação. Isso já não é mais novidade para quase ninguém. Mas tem uma que talvez seja nova para alguns.

Já estamos saturados de saber e dizer que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente. O nível de Ensino Médio e nada, é quase a mesma coisa para o mercado. O nível superior já está mais desvalorizado do que um 2º Grau de 20 anos atrás.

Mas quando se trata da carreira do docente da rede pública do Estado do Rio Grande do Norte, tudo isso deixa de valer.

Temos um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. Este fala em Progressão e Promoção. A primeira representa ascensão dentro de um mesmo nível. Ou seja, o professor entra com um determinado nível e com 4 anos, recebe um acréscimo de 5% sobre seu salário básico. A partir daí, essa mudança passa a ser de dois em dois anos, até chegar a 10 patamares (letras). Já a segunda, refere-se às mudanças de níveis, ou seja, quando o servidor faz uma pós-graduação, seja especialização, mestrado e doutorado.

O problema é que quando alguém muda de nível, não carrega a letra que já está. Por exemplo: um professor que entrou com Nível Superior e já está no final da carreira (letra J), se fizer uma especialização, mudará de nível e voltará para a carreira inicial no novo nível. Só não passa a ganhar menos, porque no Brasil não se pode diminuir salários do trabalhador, por isso, ele ficará em uma letra correspondente ao valor que já ganhava. Pode um negócio desses?

Isso significa um desincentivo ao profissional, para que este não tenha motivações para buscar o aperfeiçoamento. Não acha?

Isso só é viável em educação: Por quê? Eu sei. Você sabe?

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