domingo, 19 de julho de 2009

Parada dos servidores municipais

Na próxima segunda-feira, dia 20, o SINDSERPUP (Sindicato dos Servidores Públicos de Upanema) estará realizando a segunda parada de advertência deste ano. Os motivos são os mesmos da primeira, com mais alguns acrescentados recentemente, ou seja, reajuste salarial para as categorias que ganham mais de um salário mínimo, cumprimento do plano de cargos dos servidores, dentre outros.

Eu imagino que a população brasileira já vive enjoada de ter que enfrentar problemas extras por motivo de greves no serviço público, mas é bom sabermos que as paradas e greves são previstas nas leis de nosso país, desde que os serviços essenciais sejam mantidos, em pelo menos 30%.

Quanto ao caso upanemense, eu vou fazer algumas considerações pessoais. Todos sabem que nosso Município (como todos os outros do país) teve quedas consideráveis em sua arrecadação, por causa da crise financeira que se instalou em todo o mundo. Esse prejuízo financeiro tem prejudicado a nova administração, no que se refere à realização das ações que estavam planejadas para o ano em curso.

Mas eu acredito que em Upanema a situação ficou mais difícil pelo inchaço da folha de pagamento dos servidores. Nosso município tem um quadro de servidores muito numeroso, comprometendo grande parte dos recursos arrecadados com o pagamento da folha, uma vez que, quase não possuímos receitas próprias.

Um outro problema que acentuou o problema entre executivo e os servidores, foi o histórico dos anos da administração passada dizer que todos os servidores municipais recebiam linearmente o reajuste do salário mínimo nacional, inclusive, a categoria dos professores chegou a receber reajustes ainda maiores.

Mais ainda teve um outro agravante que foi o difícil relacionamento entre o executivo e o sindicato da categoria. No início do ano houve todo um desgaste, inclusive com grande demora para se iniciar uma rodada de negociações. Parece que esse impasse ainda continua instalado, dificultando cada vez mais um acordo entre as partes.

Mas eu acredito que ainda existe esperança. Espero que na próxima segunda-feira haja uma rodada de negociações, com ambas as partes portando os ânimos desarmados e uma visão voltada para o entendimento, mesmo que seja algo programado para se executar dentro de um prazo preestabelecido, mas que não cometa o erro de se quebrar acordos, pois gera toda uma desconfiança e acirra os ânimos dos que são iludidos.

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