segunda-feira, 9 de março de 2009

Quando se trata de educação, "é proibido falar em gasto", diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda (9) que durante seu governo, "é proibido falar em gasto" quando se discute educação por considerar a destinação de verbas para a pasta um investimento. Ele falou sobre educação no programa "Café com o Presidente".

Ele avaliou como "importante" a valorização de pessoas que queiram estudar mas que não têm condições para isso.

O presidente comentou sobre as escolas técnicas e as considerou um estímulo aos jovens para que eles tenham uma profissão. "Um jovem que entra em uma escola e aprende uma profissão tem possibilidade de ter um emprego em qualquer lugar do país", afirmou o presidente. Para ele, a expansão do ensino profissionalizante é uma forma de manter o jovem no interior, porque ele não precisará se deslocar para as capitais na tentativa de conseguir um diploma, além de contribuir para a qualificação da mão-de-obra.

No domingo, o presidente havia criticado seus antecessores na área de educação durante a inauguração simultânea de quatro escolas técnicas federais no no Espírito Santo, localizadas nas cidades de Linhares, Aracruz, Nova Venécia e São Mateus.

"Quem vier depois de mim sabe que terá de trabalhar muito e fazer muito mais para, pelo menos, chegar perto do que fizemos. Deus queira que quem vier depois de nós tenha sabedoria", afirmou o presidente.


Participação do MEC
Durante participação no programa , o ministro da Educação, Fernando Haddad, que acompanhava o presidente, lembrou que em 2009 é comemorado o centenário da Rede Federal de Educação Profissional.

Segundo ele, de 1909 até pouco antes do início do primeiro mandato de Lula, foram criadas 140 escolas técnicas. A expectativa do atual governo é, em oito anos, entregar 214. "Vamos fazer, em oito anos, uma vez e meia o que foi feito ao longo de praticamente 100 anos de história da rede federal", disse Haddad.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou ainda que os investimentos em educação durante o governo Lula são feitos da creche à pós-graduação, sem excluir nenhuma etapa. Ele destacou a expansão de iniciativas como o Pró-Infância (Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil) e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).


Ensino superior
Ao tratar do ensino superior brasileiro, Haddad lembrou que as vagas em 2009 dobraram quando comparadas aos números de 2003 - eram 112 mil contra 227 mil atualmente. O número de instituições de universidades federais, segundo ele, passou de 42 para 55 durante o mesmo período.

"O jovem de baixa renda que não conseguia uma vaga numa universidade pública tinha dificuldade de pagar, evidentemente, a mensalidade em uma escola particular", disse, ao destacar as mais de 150 mil bolsas oferecidas pelo governo federal anualmente, sendo 70% delas, integrais. Para Haddad, as iniciativas evidenciam uma visão "sistêmica" da educação brasileira.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/

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